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          Marcos 16:15
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Marcos 16:15
Lição da Escola Sabatina
 
A Bíblia como História
VERSO PARA MEMORIZAR: “Eu Sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito” (Êx 20:2; veja também Dt 5:6).

LEITURAS DA SEMANA: 1Sm 17; Is 36:1-3; Is 37:14-38; Dn 1; 5; Mt 26:57-67; Hb 11:1-40
A Bíblia é constituída na História. A história bíblica se move em uma direção linear de um início definido, quando Deus criou todas as coisas, para um objetivo final, quando Ele restaurará a Terra em Sua segunda vinda.

A natureza histórica das Escrituras é uma característica que as distinguem dos livros “sagrados” de outras religiões. A Bíblia admite um Deus, que age pessoalmente na História; ela não tenta provar essa existência. No princípio, Deus falou, e a vida foi criada na Terra (Gn 1:1-31). Ele chamou Abrão do meio dos caldeus. Ele libertou Seu povo da escravidão do Egito. Ele escreveu os Dez Mandamentos em tábuas de pedra com Seu próprio dedo (Êx 31:18). Ele enviou profetas e juízos. Chamou o povo a viver e compartilhar Sua Lei divina e o plano da salvação com outras nações. Por fim, Ele enviou Seu Filho Jesus Cristo ao mundo, dividindo assim a História para sempre.
Nesta semana, examinaremos algumas das principais questões da História, conforme retratadas na Bíblia, e perceberemos algumas evidências arqueológicas que ajudam a sustentar a História expressa nas Escrituras.
Sábado à tarde
Domingo
Davi, Salomão e a monarquia

A monarquia de Davi e Salomão representa a era dourada na história de Israel. E se Davi e Salomão não existiram, como alguns afirmam? E se o reino deles não tivesse sido tão extenso quanto a Bíblia descreve, como alguns também alegam? Sem Davi não haveria Jerusalém, a capital da nação (2Sm 5:6-10). Sem Davi não teria existido nenhum templo construído por seu filho Salomão (1Rs 8:17-20). Finalmente, sem Davi, não haveria um futuro Messias, pois mediante a linhagem de Davi um Messias foi prometido (Jr 23:5, 6; Ap 22:16). A história israelita precisaria ser completamente reescrita. No entanto, essa história, como se lê nas Escrituras, é precisamente o que dá a Israel e à igreja sua função e missão singulares.

1. Leia 1 Samuel 17. Como Deus concedeu uma vitória decisiva a Israel? Quem foi usado para essa vitória? Onde ela aconteceu?

Observe a precisa descrição geográfica das linhas de batalha em 1 Samuel 17:1-3. O sítio de Khirbet Qeiyafa está localizado nas colinas exatamente na área do acampamento israelita descrito nesse capítulo. Escavações recentes revelaram uma fortaleza massivamente fortificada da época de Saul e Davi, com vista para o vale. Dois portões do mesmo período de tempo foram escavados. Como a maioria das cidades em Israel tinha apenas um portão, essa característica pode ajudar a identificar o local como Saaraim (1Sm 17:52), que em hebraico significa “dois portões”.
Se esse for o caso, então identificamos pela primeira vez essa antiga cidade bíblica. Em 2008 e 2013 foram encontradas respectivamente duas inscrições que muitos acreditam que representam a mais antiga escrita hebraica já descoberta. A segunda inscrição menciona o nome Esbaal, o mesmo nome de um dos filhos de Saul (1Cr 9:39).
Em 1993, escavações na cidade de Tel Dan, no norte, descobriram uma inscrição enorme escrita pelo rei Hazael de Damasco, que registrou sua vitória sobre o “rei de Israel” e o rei da “casa de Davi”. A dinastia de Davi foi descrita na Bíblia dessa mesma maneira, o que acrescenta evidências arqueológicas poderosas de que Davi existiu historicamente, exatamente como a Bíblia declara.
Imagine se o rei Davi realmente não tivesse existido, como alguns afirmam. Quais seriam as implicações disso para a nossa fé?

Deus tem sido prioridade em sua vida?
Ano Bíblico: Et 8-10
Ano Bíblico: Et 5-7
Segunda-feira
Isaías, Ezequias e Senaqueribe

2. Leia Isaías 36:1-3; 37:14-38. Nesse relato de uma forte campanha assíria contra Judá, como Deus libertou Seu povo?
A.(  ) O Anjo de Deus destruiu o exército de Senaqueribe.
B.(  ) A ousadia de Ezequias derrotou os assírios.

Em 701 a.C., Senaqueribe atacou Judá. O relato foi registrado nas Escrituras. Essa história também foi relatada de várias maneiras pelo próprio Senaqueribe. Em seus anais históricos, descobertos na capital de Nínive, ele se vangloriou: “Sitiei e conquistei quarenta e seis das cidades fortificadas [de Ezequias] e inúmeras aldeias menores em sua vizinhança.” No palácio de Senaqueribe, em Nínive, ele celebrou o fato de ter derrotado a cidade de Laquis, na Judeia, cobrindo as paredes de uma sala central do palácio com representações em alto-relevo de seu cerco e batalha contra a cidade.
Escavações recentes em Laquis descobriram os escombros da imensa destruição da cidade, que ocorreu quando ela foi queimada por Senaqueribe. Mas Jerusalém foi miraculosamente poupada. Senaqueribe pôde ­vangloriar-se apenas disto: “Quanto a Ezequias, o judeu, eu o encerrei em sua cidade como um pássaro em uma gaiola.” Não há descrição de uma destruição de Jerusalém no período assírio nem relato sobre cativos sendo levados à escravidão.
De fato, Jerusalém foi sitiada, mas a Bíblia registra que o cerco durou apenas um dia, quando o Anjo do Senhor livrou Seu povo. Como Isaías havia predito: “Pelo que assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma, não virá perante ela com escudo, nem há de levantar tranqueiras contra ela. Pelo caminho por onde vier, por esse voltará; mas nesta cidade não entrará, diz o Senhor. Porque Eu defenderei esta cidade, para a livrar, por amor de Mim e por amor do Meu servo Davi” (Is 37:33-35).
É interessante que somente Laquis tenha sido preeminentemente representada em Nínive, a capital assíria. Não foram encontrados registros de Jerusalém nas paredes do palácio. Senaqueribe podia orgulhar-se apenas de ter derrotado Laquis. A prova final entre o Deus do Céu e os deuses dos assírios foi demonstrada na libertação do povo de Deus. Ele viu os atos de agressão da Assíria e ouviu a oração de Ezequias. Deus age na História.

Como você pode se lembrar de que o Deus que tão miraculosamente libertou Israel naquele tempo é o mesmo Deus a quem você ora, em quem você confia e de quem você depende?
Terça-feira
Daniel, Nabucodonosor e Babilônia

Em julho de 2007, um estudioso da Universidade de Viena estava trabalhando em um projeto no Museu Britânico quando encontrou um tablete da época de Nabucodonosor, rei de Babilônia. No tablete, ele encontrou o nome “Sarsequim” [Nebo-Sarsequim, NVI], o nome de um oficial babilônico mencionado em Jeremias 39:3. Sarsequim foi um dos muitos indivíduos, tanto reis como oficiais, que (graças à arqueologia) foram redescobertos da época de Daniel e Nabucodonosor.

3. Leia Daniel 1 e 5. Como as primeiras decisões de Daniel correspondem às ações de Deus em usá-lo como Seu servo e profeta para influenciar milhões de pessoas ao longo da História?

Daniel resolveu firmemente (Dn 1:8) permanecer fiel a Deus em relação à sua alimentação e às suas orações. Esses bons hábitos, formados no início de sua experiência, tornaram-se o padrão que lhe daria força para sua longa vida. O resultado foi um pensamento claro, sabedoria e entendimento que vinham do Céu. Isso foi reconhecido por Nabucodonosor e Belsazar, de modo que Daniel foi elevado às posições mais altas do reino. Contudo, talvez mais importante, seu testemunho resultou na conversão do próprio rei Nabucodonosor (Dn 4:34-37).
O rei era filho de Nabopolassar. Juntos, eles construíram uma cidade gloriosa, insuperável no mundo antigo (Dn 4:30). A cidade de Babilônia era enorme, com mais de 300 templos, um palácio espetacular e cercada por enormes muros duplos com cerca de 4 e 7 metros de espessura. Os muros eram intercalados por oito portões principais, todos nomeados em homenagem às principais divindades babilônicas. O mais famoso é o portão de Ishtar, escavado pelos alemães e reconstruído no Museu de Pérgamo, em Berlim.
Em Daniel 7:4, Babilônia é descrita como um leão com asas de águia. O caminho de procissão que conduz ao portão de Ishtar é revestido com imagens de 120 leões. Uma imagem de um enorme leão lançando-se sobre um homem também foi encontrada durante escavações e permanece até hoje fora da cidade. Todas essas imagens testemunham do leão como símbolo apropriado para Babilônia, a Grande. A história bíblica e sua mensagem profética são confirmadas.

Daniel 1:8 declara que o profeta resolveu firmemente. O que isso significa? Quais coisas você precisa decidir energicamente fazer ou deixar de fazer?
Ano Bíblico: Jó 3-5
Quarta-feira
O Jesus histórico

4. Leia Mateus 26:57-67; João 11:45-53; 18:29-31. Quem foi Caifás e qual foi seu papel na morte de Cristo? Quem foi Pôncio Pilatos? Qual foi a importância da sua decisão para que o Sinédrio realizasse seus objetivos?

Caifás foi um sumo sacerdote e instigou uma conspiração para buscar a morte de Jesus. Sua existência foi registrada também por Josefo, o historiador judeu que escreveu em nome dos romanos. “Além disso, ele também privou José, que também era chamado Caifás, do sumo sacerdócio e nomeou Jônatas, filho de Ananus, sumo sacerdote, para sucedê-lo” (Josephus Complete Works; Grand Rapids, MI: Kregel Publications, 1969, livro 18, capítulo 4, p. 381).
Em 1990, uma tumba familiar foi descoberta ao sul de Jerusalém, contendo doze ossuários, ou caixas de ossos. As moedas e a cerâmica da tumba datam de meados do primeiro século d.C. O ossuário mais ornamentado, com vários conjuntos de ossos, contém o nome “José, filho de Caifás”. Muitos estudiosos acreditam que essa tenha sido a tumba e caixa de ossos de Caifás, o sumo sacerdote tão diretamente envolvido na morte de Jesus.
Em 1961, uma inscrição com o nome de Pôncio Pilatos, governador da Judeia sob o imperador Tibério César, foi encontrada em uma pedra no teatro de Cesareia Marítima.
Assim, em ambos os casos, algumas das principais figuras que envolvem a morte de Cristo foram confirmadas pela História.
Historiadores seculares dos dois primeiros séculos também falam sobre Jesus de Nazaré. Tácito, historiador romano, escreveu sobre Cristo, Sua execução por Pôncio Pilatos no reinado de Tibério César e acerca dos primeiros cristãos em Roma. Plínio, o Jovem, governador romano, escreveu em 112–113 d.C. ao imperador Trajano, perguntando como deveria tratar os cristãos. Ele os descreveu dizendo que se reuniam em determinado dia antes do alvorecer, cantando hinos como se fosse para um deus.
Essas descobertas arqueológicas e fontes históricas apresentam uma base adicional, extra-bíblica para a existência de Jesus, que foi adorado
nos primeiros 50 anos após Sua morte. Os próprios evangelhos são as fontes primárias sobre Jesus, e devemos estudá-los cuidadosamente para aprender mais sobre Cristo e Sua vida.

Embora seja sempre bom ter evidências arqueológicas que apoiem nossa fé, por que nossa fé não deve depender dessas provas, por mais úteis que elas possam ser?
Ano Bíblico: Jó 6, 7
Quinta-feira
Fé e História

Não vivemos isolados. Nossas escolhas influenciam não apenas a nós mesmos, mas a outros também. Da mesma forma, muitas pessoas do antigo povo de Deus impactaram grandemente o futuro de outras. Em Hebreus 11, o famoso capítulo da fé, vemos um resumo da influência de muitos desses antigos heróis da fé.

5. Leia Hebreus 11:1-40. Quais lições podemos aprender com a vida desses heróis antigos?
Enoque:
Noé:
Abraão:
Sara:
José:
Moisés:
Raabe:
Sansão:

Fé não é simplesmente uma crença em algo ou alguém; é agir em resposta a essa crença. É uma fé que atua; e isso é considerado como justiça. Esses atos de fé mudam a História. Cada um deles depende da confiança na Palavra de Deus.
Noé agiu com fé quando construiu a arca, confiando na Palavra de Deus acima da experiência e da razão. Em virtude de nunca ter chovido, a experiência e a razão sugeriam que um dilúvio não tinha absolutamente nenhum sentido. Mas Noé obedeceu a Deus, e a humanidade sobreviveu. Abraão, então chamado Abrão, deixou Ur no sul da Mesopotâmia, a cidade mais sofisticada do mundo naquela época, e saiu, sem saber aonde Deus o levaria. Mas ele escolheu agir de acordo com a Palavra do Senhor. Moisés escolheu tornar-se um pastor levando o povo de Deus à Terra Prometida, em vez de se tornar o rei do Egito, o maior império do seu tempo. Ele confiou na voz do Todo-Poderoso chamando-o da sarça ardente. Raabe decidiu confiar nos relatos da libertação promovida por Deus. Ela protegeu os dois espias e se tornou parte da linhagem de Jesus. Sabemos tão pouco sobre como nossas decisões afetarão a vida de inúmeras pessoas nesta geração e nas que estão por vir!

Quais decisões cruciais estão diante de você? Como você faz escolhas? Por quê?
Ano Bíblico: Jó 8-10
Sexta-feira
Estudo adicional

Textos de Ellen G. White: Patriarcas e Profetas, p. 643-648 (“Davi e Golias”); Profetas e Reis, p. 331-339 (“Ezequias”) e p. 349-366 (“Libertos da Assíria”); “Métodos de Estudo da Bíblia”, seção 4.k: acesse em http://www.centrowhite.org.br/metodos-de-estudo-da-biblia.
“A Bíblia é a história mais antiga e abrangente que a humanidade possui. Veio diretamente da fonte da verdade eterna, e, ao longo dos séculos, a mão divina tem preservado sua pureza. Ilumina o remoto passado, que a pesquisa humana em vão procura desvendar. Somente na Palavra de Deus contemplamos o poder que lançou os fundamentos da Terra e estendeu os céus. Unicamente ali encontramos um relato autêntico da origem das nações. Apenas ali se apresenta a história de nossa humanidade, não maculada por orgulho e preconceito humanos” (Ellen G. White, Educação, p. 173).
“Aquele que tem conhecimento de Deus e de Sua Palavra tem consumada fé na origem divina das Santas Escrituras. Ele não testa a Bíblia pelas ideias científicas do homem. Ele traz essas ideias ao teste da norma infalível. Sabe que a Palavra de Deus é verdade, e a verdade jamais pode se contradizer; seja o que for que, nos ensinamentos da chamada ciência, contradiga a verdade da revelação divina, é mera suposição humana. Para o homem verdadeiramente sábio, os conhecimentos científicos abrem vastos campos de pensamento e informações” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 325).

Perguntas para consideração
1. O que acontece quando evidências arqueológicas são interpretadas de uma forma que contradiga a história bíblica? O que isso revela sobre o fato de que devemos depender da Palavra de Deus e confiar nela, independentemente das alegações da arqueologia ou de qualquer outra ciência humana?
2. Pense nas profecias bíblicas cumpridas no passado. Por exemplo, a maioria dos reinos de Daniel 2 e 7. Como podemos aprender com essas profecias, que foram cumpridas na História, e confiar no Senhor acerca das profecias que ainda não se cumpriram?
Ano Bíblico: Jó 11-14

Ano Bíblico: Jó 1, 2